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Por Raul Otuzi
Ele começou bem. Entrou fazendo caretas, dançando ao som de Madonna e acordando todos os sonolentos naquela manhã de sábado. Depois falou que o mundo mudou, deu exemplos nesse sentido e falou como a comunicação deve acompanhar essas mudanças frenéticas. Aí falou do 'Disruption' e a palestra caiu.
O grande problema foi que ‘Disruption’ não é um conceito novo. É bom, mas a gente já conhece. Está lá no site deles:
Disruption. Ruptura é literalmente o que pretende. Disruption é uma inquieta forma de pensar praticada diariamente em nossa agência. É uma premeditada rebeldia da mente, um malcomportar-se na hora de pôr o cérebro para funcionar. É um olhar virgem para ângulos inesperados. Um alvará para a imaginação. Um pensar o que jamais foi pensado. E nunca é demais lembrar: toda vez que alguém agiu assim, a humanidade deu grandes saltos.
Ou seja, a TBWA vem vendendo essa idéia há tempos, assim a palestra teve cara de dejà vu, inclusive porque as peças (a maioria) que ele mostrou já foram vistas e revistas diversas vezes, aqui mesmo pela Internet.
A palestra não foi ‘Disruption’. Foi basicona. E o melhor dela talvez tenha sido a frase final de Cibar Ruiz, algo do tipo: “Não adianta o quanto você é bom. Você precisa parecer bom”.
Muito bom, Cibar!