Por Henrique Tucci
Acredito na força inigualável dos títulos. Vivo desse ofício de escriba e não posso negar minha raça. Por isso, pra mim, campanha tem que ter textos de primeira. Não importa se curtos ou longos, mas sempre textos inteligentes. Acho que a direção de arte é importante, principalmente para um anúncio
all-type. Mas será que o texto é a melhor ferramenta para um País que, dizem, não tem leitores? Eu acredito que sim. E já que o assunto é o texto, aproveito para lembrar uma importante agência que tem campanhas e redatores geniais.
A Fallon McElligot sempre foi uma grande referência para mim e para o mercado mundial da propaganda. Em primeiro lugar, pelos anúncios. Em segundo, por ser uma agência de redatores, um sonho de consumo até certa fase de minha vida profissional. Meu primeiro contato com o trabalho destes criativos foi em 1989, com os anúncios da revista Rolling Stones. Campanhas fabulosas como a da Igreja Episcopal fizeram a fama da agência e são até hoje marcos da propaganda internacional. Os títulos sempre geniais e instigantes praticamente dispensavam muitas firulas visuais.
Desde 2002 a Fallon tem seu escritório em São Paulo. E no Brasil também esbanja títulos invejáveis e campanhas memoráveis. No comando da agência, e da Criação, está Eugênio Mohalen, um dos redatores mais premiados do Brasil com 350 prêmios só no Anuário do Clube de Criação de São Paulo, além de nove Leões em Cannes. Até o currículo dele deve valer prêmios. E alguns trabalhos recentes da Fallon para Carta Capital, United Airlines e Center Norte mostram que a agência não está brincando nessas terras tupiniquins.
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Eugênio Mohallen
Presidente/Diretor de Criação
Fallon Brasil
Eugênio passou pelas agências AlmapBBDO, Talent e DM9. Escreveu o Manual do Estagiário com dicas para os iniciantes em propaganda, que fez grande sucesso na internet, foi reproduzido na Espanha, Argentina, Uruguai, Paraguai, Panamá e depois virou livro. Em 2004, lançou o livro Razões para bater num sujeito de óculos, pela Editora Planeta.
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E pra você? Texto ou direção de arte? Vamos tentar entender a preferência de nossos leitores!