quinta-feira, julho 06, 2006

Onde fica o botão do desejo?

















Por Henrique Tucci.

O antigo desafio de conhecer os mais profundos desejos dos consumidores acaba de ganhar uma inusitada ajuda de importantes universidades. Agora, os cientistas também estão engajados nesta busca dos profissionais de comunicação pelo “botão do desejo” imaginário dentro da cabeça das pessoas, como definiu a Revista Forbes norte-americana. Novas pesquisas estão sendo desenvolvidas em diversas partes do mundo para tentar detectar como o impulso de comprar ou consumir produtos é disparado, e aumenta ou diminui, diante de estímulos como embalagens, anúncios, comerciais, cores e sabores.

Esta nova área de pesquisa, em amplo desenvolvimento, ganhou o nome de neuro-marketing. E para realizar estes experimentos com humanos, são empregados sistemas de leitura da atividade cerebral por ressonância magnética, uma tecnologia médica utilizada no diagnóstico de disfunções e doenças como esquizofrenia, e que agora ganhou uma nova função no auxílio das vendas de mercadorias, revelando como as pessoas estão na verdade avaliando um produto, objeto ou propaganda.

Através deste exame, são detectadas as partes do cérebro que estão mais ativas diante de um estímulo. Com estas informações, é possível dizer quais são as preferências do consumidor e produzir campanhas mais eficientes.

Enquanto continuam as discussões, podemos desfrutar de algumas descobertas bem interessantes. Em uma comparação entre bebedores de Pepsi e Coca-Cola, foi descoberto que quem consome Pepsi, quando ingere este produto, ativa regiões mais primárias evolutivamente, ligadas aos sentimentos de recompensa, saciação e sabor. Mas os fãs da Coca-Cola, quando consomem o produto, têm ativadas as regiões cerebrais mais elevadas, como o córtex pré-frontal medial, que está relacionado com reações cognitivas mais sofisticadas, preferências individuais e propriocepção. Esse tipo de conhecimento pode ter um profundo impacto sobre a comunicação e a relação marca-conceito.

Um exemplo muito concreto do uso desta tecnologia é o citado por Paul Zak, do Centro de Estudos Neuro-Econômicos da Universidade da Califórnia. Vamos imaginar que uma indústria de leite queira aumentar suas vendas. Para este caso, poderia ser reunido um grupo de consumidores de leite que teriam seus cérebros scaneados enquanto consomem um copo do produto. Algumas partes do órgão podem ser ativadas por qualquer tipo de líquido que ingerimos, mas outras partes podem ser ativadas especificamente pelo leite. Entender quais são estas áreas pode nos dar boas dicas do que nos faz gostar do leite. Se estas são as mesmas regiões ligadas ao prazer e à memória de longo prazo, podemos dizer que o leite está provocando uma sensação de nostalgia de épocas remotas em que consumíamos leite com prazer, como a infância. Então, poderíamos desenvolver um conceito para o produto que transfira uma mensagem como: “bom como nos tempos da escola, melhor para os tempos de hoje”, ao invés de falarmos de benefícios para a saúde ou sobre seu valor nutritivo.

Estas pesquisas já geraram muita controvérsia porque alguns cientistas renomados acreditam que este tipo de experimento tem um forte caráter antiético, pois na verdade não promove a saúde das pessoas, mas apenas ajuda a aumentar a compulsão pelas compras. E também porque os pesquisadores cada vez mais relacionam diversos distúrbios psicológicos com o marketing, como: diabete, anorexia, transtorno de déficit de atenção, tabagismo e alcoolismo, entre outros. Além do fato de que o desenvolvimento do condicionamento da comunicação começa bem cedo, como no caso de crianças que ainda não foram alfabetizadas, mas já reconhecem produtos, logotipos e jingles.

Estes grupos que lutam pela ética defendem que para descobrir os verdadeiros desejos do consumidor, basta fazer algumas perguntas. Até porque, algumas pessoas podem escolher não revelar sua opinião real sobre determinados produtos ou candidatos políticos, por exemplo.

Já não posso fazer uma leitura do seu cérebro, me diga: como você vê estes novos métodos de pesquisa? Você também acredita que seja um mau uso da ciência ou uma forma de invasão de privacidade? E você participaria como voluntário em experimentos deste tipo?

Quero ver a sua participação!

Um abraço.

Tucci.

15 comentários:

Anônimo disse...

D U C A !!!! Parabéns!!! Esse post tá 10... aliás, gosto muito dos títulos...hehehe

Anônimo disse...

Scannearam meu cérebro e o resultado foi uma mensagem sendo repetida incessantemente:
VOLTA, RAUUUUUUUUL!
O que foi isso?

Anônimo disse...

Agora desandou de vez.

Anônimo disse...

Tá pior que a novela Bang Bang. Quando o Raul voltar vai ter um trabalhão para recuperar a audiência.

Anônimo disse...

continuamo com os mesmo merdas e frustrados de sempre que ficam cornetando todo mundo... Todo mundo fica crítico atrás de um tela de computador... Se os mesmos que criticassem estivessem frente a frente, estariam falando "sim" para tudo que foi dito aqui... Volto a dizer, personalidade só atrás do PC não vale de nada...

Anônimo disse...

Essa merece o prêmio Henricão de Ouro, hein. Lembra? Coisa boa, leva o Raulzão de Ouro. Coisa chata, merece o Henricão. E não é que o próprio Henrique foi o primeiro contemplado? Parabéns!!!

Anônimo disse...

Cara, vc tá maluco? Que porra é essa? Foda-se o cérebro do consumidor, faz um título aí. Mas que punheta, caralho. Que blá blá blá da porra. Puta atraso, puta coisa inútil, mas que merda. Isso é nhém nhém nhém. Todo ano, há uns 70 anos, aperece esse tipo de pesquisa e é tudo balela. Isso NÃO é importante, meu senhor. Isso NÃO é relevante. Isso NÃO ajuda estudantes, estagiários, diretores de arte e/ou redatores. Isso é simplesmente perda de tempo e punheta com as duas mãos. Mas que caralho.

Anônimo disse...

Versão anti-censura, caso "alguém" tenha se ofendido:

Cara, vc tá maluco? Que pXXX é essa? FXXX-se o cérebro do consumidor, faz um título aí. Mas que pXXXXeta, cXXXX. Que blá blá blá da pSSSS. PXXX atraso, pXXX coisa inútil, mas que mXXX. Isso é nhém nhém nhém. Todo ano, há uns 70 anos, aperece esse tipo de pesquisa e é tudo balela. Isso NÃO é importante, meu senhor. Isso NÃO é relevante. Isso NÃO ajuda estudantes, estagiários, diretores de arte e/ou redatores. Isso é simplesmente perda de tempo e pXXXXeta com as duas mãos. Mas que cXXXXlho.

Anônimo disse...

O Raul deve estar se revirando na esteira.

Anônimo disse...

Então quer dizer que com uma pesquisa dessa na mão eu não preciso mais quebrar a cabeça para transmitir uma mensagem criativa? Basta apenas ter os dados corretos do sugador de cérebros e pronto?

Puxa tomara que isso não caia em mãos erradas. Já pensou que chatisse seria a propaganda?

Anônimo disse...

Relaxem.
A pesquisa só funciona em quem tem cérebro.

Anônimo disse...

Se isso funcionar, tchau criatividade. Vai ser muito mais fácil colocar a foto do produto e uma mensagem adequada e ver no que dá. Lembra um pouco a Teoria Crítica que a gente estuda na faculdade. Tipo: o cara mandou o público obedeceu. Simples assim.

Mas honestamente, acho uma besteira. O cérebro humano é complexo demais pra isso.

Anônimo disse...

Rapaz...

Novo, novo esse assunto naum é, mas vale a pena paras os "anônimos-sabe-tudo" q naum lêem porcaria nenhuma e se acham gênios.

Mas, sempre é bom levantar novos debates.

Abraço...


Fui!!!

Anônimo disse...

Best regards from NY! »

Anônimo disse...

Best regards from NY! Adipex 15mg Medical researchvideo conferencing Web page disney visa credit card Free email stationery and graphics Nissan skyline v-spec 2 picnic backpacks should surveillance cameras be installed in schools Curb weight cadillac escalade 2005 esv siebel callcenter Exam for mcse video conferencing services missouri preowned car dealer software callcenter tenuate australia Home decor unique decorative pillows http://www.telus-mobility-cell-phone-plans.info/Causes-and-consequences-of-job-satisfaction-call-center.html Cataract surgery some patients wait too long http://www.wedding-invitations-and-cheap.info Marketingxxx adult videos adult dvd discount call center software