Por Raul Otuzi
A gente podia falar que o Francucci saiu da JWT, que a globo.com entrou com um comercial engraçadíssimo no ar, e um monte de outras cositas más, mas as duas notícias que tiveram maior impacto no mercado publicitário, nesses quase 15 dias de janeiro, foram: “Pepsi ultrapassa a Coca” e “Fischer acaba com área de Atendimento.”
(www.meioemensagem.com.br/mmonline/jsp/Navega.jsp?pIdConteudo=74759)
Mais do que discutir isoladamente cada notícia, queremos chamar a atenção para o ponto em comum que existe entre elas: as pessoas continuam as mesmas, mas as pessoas mudaram. Não, não fiquei louco. Estou falando de evolução.
Continuamos querendo comida, bebida, diversão e arte, porém de forma diferente. A Coca, ao fechar os olhos para o crescimento do mercado de bebidas saudáveis, abriu brecha para a Pepsi e se estrepou. Tendência ignorada. Continuamos querendo bebida, mas agora com ‘mais saúde’.
Os atendimentos ao contarem com a presença dos criativos nas reuniões de briefing e de apresentação de campanha perderam força junto aos clientes, que viram esse envolvimento (maior interatividade) como benéfico para o seu negócio. Continuamos querendo proximidade, mas agora cada vez mais com pessoas que possam resolver nossos problemas na hora.
Claro que nada é definitivo. A Coca pode retomar seu crescimento. Os atendimentos podem recuperar seus cargos na Fischer, mas é inegável que esses acontecimentos abrem nossos olhos para as mudanças, para o novo, para o que está por vir.
Não podemos apenas nos debruçar em cima do panorama atual e pronto. Temos que vislumbrar cenários futuros. Não basta apenas entendermos de produtos e serviços, temos que fundamentalmente entender de gente. E buscar antecipar como a sua relação de consumo evolui. Quais seus sonhos? Suas aspirações?
Enxergar tendências de comportamento é a saída. Inclusive para você mesmo. Seja sincero. Você está olhando para a frente? Está se preparando para o futuro? O que está fazendo hoje para você ser melhor amanhã? Hein? A concorrência é grande e, como dizia Cazuza, o tempo, o tempo não pára.
sexta-feira, janeiro 13, 2006
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12 comentários:
Achei super pertinente este tópico. Muitos profissionais não perceberam o quanto o mundo mudou em 10 anos e como as pessoas estão mais ágeis. Veja, hoje é possível apresentar uma campanha ao diretor de marketing de uma empresa que está lá no japão por video conferência ou skype, fechar contratos por email. E acredito que a função de Atendimento (nada contra os profissionais) está "sobrando", digo isso, pois quanto a área foi criada, realmente não havia a possibilidade da criação ir ao cliente e fazer todo o contato e ainda fazer a criação. Hoje, com novas máquinas, novos meios de comunicação, tudo ficou mais ágil e é possivel e interessante o contato entre Criação X Cliente, corta uma etapa, deixa intender perfeitamente o que o cliente quer e ainda agiliza o processo. Portanto, acho super válida essa mudança na Fischer, e acho que demorou até para uma agência brasileira tomar essa decisão (tirando o formato da Africa).
O texto desse topico é realmente para refletrimos sobre as relaçoes com o proximo seja em qualquer campo.Ainda mais qndo se trata de comunicaçao!
É para refletir mesmo...
Pra fazer o que a Fisher fez tem que ter muito mais que "peito" e desapego pelo pessoal do atendimento (eheheh). Tem que ter estrutura. Tem que ter planejamento. Tem que ter uma equipe de criação diplopmática e consciente, porque o cliente nem sempre (ou quase nunca) está afim de alisar as coisas pra gente. Muito menos nosso ego.
Mas além disso tudo, tem que ter o principal: visão.
A Fisher viu antes das outras que melhor que um bom briefing é um cara-a-cara com o cliente.
Agora, vamos acordar pra realidade.
Quantas agências hj podem colocar seus criadores dentro de reuniões frequentes com clientes?
Digo o que vivo. Meia hora longe da função de diretor de arte já me deixa tenso, porque sei que quando voltar pra frente do monitor, o volume de trabalho pra digerir será o mesmo. Sem perdão.
E ai? E na agência de vc's?
Acham que essa mudança realmente
seria possível?
Achei o texto muito bacana, e concordo com o que o Rafael falou, foi uma iniciativa pioneira da Fisher, porém tenho certeza que ela só foi tomada devido a uma grande e sólida estrutura que a agência apresenta. A grande maioria das agências não tem condições (ainda) de deixar seus profissionais de criação também responsáveis por realizar o atendimento junto aos clientes, apesar de eu tbm achar que isso seria o ideal. Quando você conversa com o cliente, ao invéz de receber um briefing, você tem uma possibilidade maior de acertar "de primeira". O cliente, na apresentação do job, deixa escapar detalhes e preferências que algumas vezes não são colocados no briefing da forma como deveriam, não que isso seja culpa dos profissionais de atendimento, de maneira alguma, mas simplesmente pq é impossível redigir um briefing perfeito e passa-lo a criação, com exatamente TODAS as informações. E mais, um redator ou diretor de arte pode, na conversa, levantar preferências do cliente com relação a texto/arte, devido, obviamente, a sua maior percepção em sua área de expertise.
Acredito que esta seja uma tendência para o futuro, mas irá levar um tempo razoável até que isso deixe de ser uma notícia isolada e passe a ser uma rotina dentro das agências tupiniquins.
É...
Saber prever as tendências é a saida mesmo...
Mas, eu só naum quero q tenha uma corrida desenfreada para a dissolução do atendimentos nas agências...
Peralá, não é porque a Fischer dissolveu a áera de atendimento que ela está certa, certíssima. Conheço vários 'atendimentos' que fazem a diferença. Que têm visão estratégica e até criativa. Peralá, devagar com o andor. Seguir, antecipar tendências sim, mas com cuidado.
Todo mundo só comentou o lance da Fischer e nada da Coca-Cola. Engraçado. Ninguém tá enxergando o outro lado, o do cliente. Só enxergam a agência. Preocupante.
Enxergar é bem diferente de expôr.
Mas já que o anônimo ai de cima fez o comentário, vamos ver o lance da Coca x Pepsi.
Assim como a Fisher, que colocou a criação no pé do cliente, a Pepsi tá ali ó: no cós. Juntinho. Tomando banho, jantando e indo dormir com o cliente. Sabe do que ele gosta, do que odeia, do que não tá nem ai.
E é ai que mora a diferença entre conhecer e compreender o cliente.
De certa forma a Fisher está adotando um posicionamento que pode levar a sua agência onde está a Pepsi: acima das "coca-colas" da vida.
Haja pesquisa para chegar ai hein.
Haja verba do cliente pra isso.
Quem tá afim de pagar pra ver?
Pôxa, Rafael!
Que bom ver que além de um grande criativo, você expõe tão bem os seus pontos de vista.
Concordo em gênero, número e grau com seus comentários. E só quero acrescentar uma coisa: a função ATENDIMENTO vai acabar, mas o pessoal vai ser absorvido pela PRODUÇÃO.
É um modelo mais lógico.
E parte daquele velha história: não basta atender, tem que entender. Vide a Pepsi, que entendeu os movimentos do mercado e para onde estava indo a preferência dos consumidores, em vez de só refrigerantes: bebidas esportivas, sucos e chás.
E, como o Fernando lembrou, tudo é mais ágil devido à tecnologia. Só sobreviverá quem for estratégico e criativo ao mesmo tempo.
Quem viver verá.
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