Por Henrique Tucci.
A segunda etapa das eleições já está chegando. E você já decidiu em quem vai votar? Como tomou sua decisão? Pelo programa de rádio ou TV no horário político? Ou pelas peças publicitárias nas ruas? Acredito que em breve, quem sabe já nas próximas eleições, os brasileiros terão muitas outras formas de conhecer o seu candidato. Logo, todos poderão comentar sobre o espaço do candidato no Orkut, sobre seus filmes no YouTube ou postar comentários à vontade no Blog do presidenciável.
Estes novos espaços para o marketing e a comunicação ainda são muito pouco ou mal utilizados para fins eleitorais. Tivemos neste ano apenas alguns ensaios de campanhas exclusivamente on-line, realizados por candidatos a senador ou deputado. Talvez não por opção, mas por falta do capital necessário para uma boa ação de massa.
No quesito campanha virtual, Geraldo Alckmin saiu na frente e lançou seu blog, que apesar de ainda bastante impessoal, é uma forma de aproximação mais apropriada para o público da web, ávido por informações. E neste aspecto, está em vantagem sobre Lula que tem apenas peças publicitárias disponíveis para download em seu site.
Qual será a aposta? Públicos com níveis diferentes de acesso à internet representam eleitorados diferentes? O secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, em um documento divulgado no site do partido, declara: “A utilização destas ferramentas pode fazer a diferença, junto a alguns setores sociais”. Mas o uso de sites que permitem livre acesso e disponibilização de conteúdos, como o YouTube, ainda pesa mais contra do que a favor dos candidatos, como no caso de Lula, cujo vídeo mais visto no site, com 47 mil acessos, é aquele em que ele faz uma piada infeliz sobre a cidade de Pelotas e a homossexualidade.
Uma campanha cem por cento virtual, apoiada em novas ou antigas tecnologias, ainda não é a solução definitiva, como se promete, mas caminha a passos largos neste sentido. A nova legislação eleitoral que proíbe os meios de comunicação tradicionais contribui para a mudança e incentiva a militância digital. A recente notícia da compra do YouTube pelo Google por 1,65 bilhão de dólares mostra como este segmento ganhará ainda mais importância em breve, apoiado na crescente ebulição dos podcasts e webcasts, que permitem a seleção do exato conteúdo que cada um quer baixar e ver, a qualquer hora. Mas ainda há outras ferramentas como os tradicionais banners em páginas e mensageiros eletrônicos, chats e fóruns, entre muito outros modelos de interação com os eleitores.
O nosso país já tem mais de 33 milhões de internautas exigindo uma nova dinâmica de comunicação que vai muito além dos palanques e dos monólogos eletrônicos. O TSE está ligado na tendência e já regulamenta a conduta de candidatos na internet com a Resolução 22.261, que trata principalmente dos períodos de veiculação das mensagens.
Será que este arsenal é uma possibilidade viável para o Brasil e nosso universo de iletrados eleitores? Esta tendência, ainda duvidosa, já conquistou você? Mande sua opinião.
E visite o site dos candidatos à presidência 2006:
http://www.geraldo45.org.br/blog/index.php
http://www.lulapresidente.org.br/home.php
Um abraço!
Tucci.
segunda-feira, outubro 16, 2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
16 comentários:
acho super válido a exploração do meio on-line para campanhas políticas...mas precisa ser bem feito...gostei bastante do site do cristovam para essas eleições - site esse que estava sendo divulgado em suas propagandas políticas no horário eleitoral.
O do Lula e do Alckimin ainda estão um pouco confusos...mal organizados..é meio que um template padrãozão...
mas isso é só o começo...acredito que daqui a 2 anos esse meio vai ser mais explorado e daqui a 4 os aspirantes a presidente vão exigir umaexploração melhor do meio
Bacana vocês postarem alguma coisa sobre as eleições. Eu estava sentindo falta de comentários sobre o mkt político... e a internet nesse assunto pode nadar de braçada.
Apesar de votar no Alckimin, acho a campanha do Lula mais bem feita.
"Lula de novo com a força do povo" é um bom slogan. Pega. Agora então eles estão com esse: "Não troco o certo pelo duvidoso". E do outro lado? Nada. Não tem slogan, frase-chave, bordão, nenhuma voz de comando. Pena!
Acredito que as campanhas on-line vão ser benéficas principalmente para ajudar a gente a escolher melhor os deputados. Dá para acompanhar o que eles fazem de bom ou ruim.
Uau!
Na minha opniao todos ganham, desde publicitarios, marketiros e jornlaistas a adolecentes enclausurados em seus quartos com acesso a internet.
Ufa! Finalmente a gente está discutindo algo com mais profundidade. Bom.... mas não concordo muito com a importância que estão dando ao marketing virtual. Como disse o texto, são apenas 33 milhões de internautas, quem sabe de formadores de opinião. Mas estes ainda ficam na superfície, bem longe de uma massa com os mais de 120 milhões de brasileiros que decidem uma eleição. E estes sim são pouco informados e esfomeados. Valeu! Parabéns pelo debate.
O on-line ainda tá no departamento "material de apoio". Destes 33 milhões de internautas, poucos usam a internet para se informar, fazer coisas realmente úteis.
E concordo com o Visceral. A campanha do Lula é muito melhor. Publicitariamente falando, claro. Dá muito mais motivos, faz comparações 8 anos de FHC x 4 anos de Lula (isso tem muita força) e mostra números. A campanha do Alckimin fala basicamente de coisas que o PSDB fez em São Paulo. Ótimo. Mas pouco.
Do ponto de vista de campanha política, o Lula tá muito na frente. E vai ganhar.
Opinião.
Gente! Tem vaga de estágio para redatores na Dez Brasil!!! Vejam o anúncio no site do CCSP: www.ccsp.com.br .
Isso sim, é "presidente"!
A campanha do Lula fala a língua do povo... é emocional pacas... já levou... infelizmente!!!
Em relação ao on-line concordo que isso vai mudar e mexer nas estruturas. Agora qto à campanha do Lula, é inegável que é melhor. INFELIZMENTE!
O Lula vai ganhar! Ulalá! Lula lá!
E o pior é que este blog representa muito bem o que vejo por aí nas ruas.... muita gente contra o lula, nunca vi alguém a favor, nenhum adesivinho... mas é lula na frente... que coisa, não? acho que não somos o público-alvo dele.
Tucci, legal você levantar a bola sobre o marketing virtual para o cenário político. Cada vez vai ganhar mais força!
Agora qto às campanhas para Presidente, concordo com o Visceral e o Jão: a do Lula é melhor. Bem melhor.
Raul e pessoal, o que vale é botar a emoção na propaganda, seja ela institucional, de varejo ou política. Ponto pro Lula. Valeu a todos! Tucci
Olá, Zeppa! Valeu pela dica e pela participação! A campanha dos presidenciáveis tende a ficar muito mais agressiva, como no caso dos ataques diretos que os dois já começam a trocar. Logo volto a comentar a campanha. Alguém se lembra da campanha que o Nizan fez para o FHC? Acho que foi uma das melhores, mesmo comparando com a do Lula feita pelo Duda. O que você acha?
Parabéns pela postagem! òtima referência em mkt político.
Postar um comentário