sexta-feira, abril 28, 2006

Entrevista exclusiva com André Godoi - Redator da Giovanni, FCB


André Godoi

Depois de uma bela estréia com João Carrascoza, o EhDUCA não poderia perder o pique. Por isso dessa vez, eu e o Tucci entrevistamos André Godoi, redator da Giovanni, FCB. Além de ser ótimo com as palavras e capaz de frases, sacadas desconcertantes, o Pira (que é como eu o conheci nos tempos em que trabalhamos juntos na ETCO) é uma das pessoas mais carismáticas e sangue bom que já tive o prazer de conhecer. Gente boa mesmo, sem nenhuma frescurite. Simples, bem-humorado e com muito talento, ele começou como Atendimento na ETCO, e depois foi Redator na Propaganda Registrada, Bates Brasil e agora, como já dissemos, está na Giovanni,FCB. Graças a Deus e para o bem da propaganda, ele deixou a área de atendimento.

Com vocês, a primeira parte da entrevista com André Godoi, o grande Pira. Semana que vem, tem mais. Valeu! Raul Otuzi e Henrique Tucci.

Para começar, conta um pouco como você começou na carreira. Quando descobriu a vocação para a criação?
Conhece o Rodrigo Leão? Pois é, em janeiro de 2000, essa figura, diretor de criação da Propaganda Registrada, me ofereceu um estágio como redator.
– Mas, Rodrigo, eu sou atendimento do Magazine Luiza.
– Quando você começa?
– Dia 5.
Nunca tinha pensado em trabalhar na criação. Sério, não fazia a menor idéia de como se criava um anúncio. Talvez exatamente por isso ele tenha me dado a vaga. O certo seria chamar um estagiário ninja com um portfólio fodão debaixo do braço. Mas o Rodrigo deve ter pensado: "- Já tiveram essa idéia." Não acredito muito nesse troço de vocação.

Você não fez faculdade de publicidade e mesmo assim é um profissional de sucesso. O que você tem a dizer a respeito disso?
Ninguém aprende a criar numa sala fechada com um professor cagando regras na sua frente. Você até aprende muita coisa útil. Mas nada que um bom livro de propaganda não entregue também. Eu cursei economia e administração de empresas simplesmente por não fazer idéia do que eu realmente queria fazer da vida. No final das contas, a minha escola de verdade aconteceu do lado de fora do campus. Dentro da República Aurora (meu lar na época da faculdade), no bar em que eu era DJ (e garçom às vezes), no grupo de teatro e nas tantas roubadas que a gente se mete na vida. Não existe um método para criar. A palavra método não orna com criatividade. O que existe é uma postura criativa. Você só precisa de muita curiosidade, tesão e meia dúzia de neurônios.

Criação para varejo. Qual a sua experiência e opinião sobre o assunto?
Na Registrada, o job mais mico era uma conta de varejo: concessionária de carros. O cliente era tosco, não tinha prazo e ninguém queria fazer. Ótimo. Ninguém quer? Eu quero. Me dá aqui. Todos. Resultado: o meu estágio acabou e se transformou em emprego. Fazer varejo é ducaralho. É dinâmico. Você cria e amanhã tá na rua. Você está o tempo todo aprendendo e se desafiando para criar algo realmente novo e relevante para o consumidor. A gente faz muito varejo aqui na Giovanni: Fiat, Intelig Telecom, Submarino, Disney. E os jobs de varejo são tratados com o mesmo carinho que os institucionais. Anúncio criativo da Nike, você vê em qualquer pasta de estudante. Agora, campanha do Supermercado Cavalinho boa, criativa e com resultado de vendas… aí não é pra qualquer pançudo.



Um anúncio seu para a Harley Davidson foi para Cannes, como é a sensação de criar para uma das marcas mais desejadas do mundo e ainda por cima fazer bonito no maior festival de publicidade da Terra?
Tá na moda dizer que prêmio de criação só serve para massagear o ego dos criativos. Bom, pra mim funcionou um pouco diferente. No mesmo ano em que a campanha de Harley foi pra Cannes, eu tive a oportunidade de participar do festival como Young Creative. Foi sensacional ver um trabalho meu competindo com centenas de peças incríveis. É importante a gente se sentir assim. Motiva. Afina o critério. Faz você querer voltar logo pra agência e produzir campanhas mais fodonas. E é essencial até para mostrar para o cliente que ele acertou em aprovar aquela idéia ousada. Claro que não dá para avaliar um profissional de criação pelos prêmios que ele ganhou. Isso é passado. Nossa profissão é muito maior e mais complexa que isso. Aliás, se fosse depender dos prêmios que eu ganhei em propaganda, eu tava fodido.

Qual o posicionamento da Giovanni? O que ela tem de diferente das outras agências em que você trabalhou?
O grande diferencial da Giovanni atualmente chama-se: Fernando Campos, Valdir Bianchi (Diretores de Criação), Ulisses Zamboni (VP de Planejamento) e suas respectivas equipes. Uma agência de propaganda é feita de pessoas que criam. E não de escritórios moderninhos e computadores caros. Portanto, se você trabalha em uma agência, independente do departamento, e não usa a criatividade, fique esperto.

Como é a rotina da criação dentro da agência? O que é mais motivador nesse dia-a-dia?
Obrigado por usar a palavra rotina na pergunta. A rotina é a inimiga número 1 da criatividade. Rotina nos incentiva a ligar o automático e deixar a inércia fazer o serviço. Infelizmente, ainda não temos um modelo de agência no Brasil que tenha questionado isso. O mundo está na era da criatividade, e as agências brasileiras na era industrial, da linha de montagem fordiana. Temos que parar de grampear o briefing naquele maldito envelope pardo. Eu até hoje não entendi essa merda. Os donos de agência derrubaram as paredes dos escritórios, mas esqueceram de arrancar a burocracia de lá. E digo mais, só derrubaram as paredes por um único motivo: ficou mais barato. O que mais me motiva nesse dia-a-dia? É saber que os meus diretores de criação têm a mesma opinião que a minha sobre este assunto.


Existe alguma mania, método, mantra que você evoca para criar?
Gosto muito do silêncio nessas horas. Com intervalos de muito barulho para relaxar.

Fale de algum hobby que você tem, e de como ele te ajuda a criar. Quando surge uma trava criativa, o que você faz?
Tá. Vou citar duas atividades que têm feito um bem danado pra mim: ioga e teatro. Na verdade, tudo o que a gente faz para se desligar do dia-a-dia, ajuda no processo criativo. Hobby, hobby mesmo, eu não tenho nenhum. Não coleciono selos, moedas, bonecos de chumbo e não tenho a menor aptidão para montar aviõezinhos da 2ª Guerra. Em relação à trava criativa, varia muito. Teve um caso clássico na Registrada em que o desespero me levou à padoca da esquina. Sim, eu tomei um rabo-de-galo às 9 da manhã. Não adiantou nada. Só me deu uma baita azia.

61 comentários:

Anônimo disse...

Meus parabéns! Vocês fecharam a semana em alto estilo. Essa parte da entrevista ficou muito bom, que venha a segunda.
beijos, bom feriado pra todos!!

Anônimo disse...

muito duca!! ótimo trabalho e entrevista André!!Isso aí, bom final de semana e feriado!
[]s

Anônimo disse...

O conceito: “uma hora na vida você vai descobrir que precisa ter uma Harley” é maravilhoso. E o título então? “Pai, eu gosto de homens.” Aiiiiiii, dá um frio na espinha. Parabéns, André Godoi. Grande sacada.

Anônimo disse...

Virge Maria, deu de dez a zero no Carrascoza arrogante. Valeu, Godoi! Isso sim.

Anônimo disse...

Muito boa a entrevista. Parabéns pelo blog e ao André pela carreira. Vou aproveitar o espaço e divulgar meu blog.

Quem quiser conhecer um pouco do que está rolando na propaganda de Minas Gerais, dè um pulinho em http://pubbh.blog.terra.com.br/

Abraços

Anônimo disse...

Parabéns para a iniciativa, mas é horrível saber como o curso de publicidade e propaganda é desvalorizado pela própria categoria. Principalmente por quem já está no mercado (prova disso é esse cara da entrevista e o "Post" que fala sobre o Atila Francucci aqui no blog mesmo) e se sente no direito de desdenhar os demais estudante que ralam pra caralho pra conseguir um posição digna.

Foda, muita foda.

OBS: Agora que venham os "Anônimos", Guevaras Tomadores de Todinho falar suas besteiras.

Anônimo disse...

Se essa entrevista tivesse 100 páginas ainda seria interessante. Bota logo a segunda parte, Raul. A terceira, a quarta, a milésima.

Abraço.

E parabéns pelo GP no FIAP, Godoi.

Anônimo disse...

Sempre gostei de entrevistas. Aprendo muito com elas. Conhecer melhor como os profissionais de sucesso pensam é revelador e estimulante.
Palmas para vocês.

Anônimo disse...

Bela entrevista, ainda que ele renegue a facul de p.p.

Anônimo disse...

Não acho que o Carrascoza seja arrogante, nem que o Andre desdenhou de nós, estudantes de P.P. Talvez tenha faltado pra ele a experiência de freqüentar um curso de publicidade e ver que vale a pena. Por isso, ele fez o seu comentário.
De qualquer forma sorte dele ser amigo de um Rodrigo Leão, e de ter talento, claro.
Se não, não teria se dado bem. Falowwwwwwww?

Anônimo disse...

Fudida a entrevista. Mandaram muito bem.

Anônimo disse...

Grande entrevista.
Mostra q os criativos são pessoas normais q tem grande idéias e naum super seres q vivem em função de suas sacadas geniais ou da propaganda.
O q naum achei legal foi o discredito dado ao academissismo.Quando ouço/leio um comentário desse, parece q vai se perdendo "gramas" da seriedade da publicidade. Dá a imprssão d q qualquer malukinho possa trabalhar nessa área.E será q pod mesmo?

Anônimo disse...

É esse tipo de sinismo. Que parte principalmente de quem não cursou uma faculdade de P.P que é chato.
É um recado chato do tipo "Pra que fazer faculdade de P.P? Porque nessa profissão qualquer um entra."
Tá certo que talento não se discute. Mas espera aí então se alguém que fez faculdade de P.P, mas tiver talento pra advocacia então pode advogar?

Anônimo disse...

ele não falou mal do curso de P. P. falou que não precisa faculdade de publicidade.

Anônimo disse...

olha o Chico, por exemplo, escreve tudo errado mas é ótimo em idéias. sei lá, acho que o diploma é desnecessário.

Anônimo disse...

Concordo que esse lance de criativos dizerem que não precisa fazer faculdade desvaloriza nossa profissão.

Anônimo disse...

Gostei. Manda mais.

Anônimo disse...

Desconstruindo o raciocínio de André Godói:

“Ninguém aprende a criar numa sala fechada com um professor cagando regras na sua frente. Você até aprende muita coisa útil. Mas nada que um bom livro de propaganda não entregue também.”

Eu aprendi a criar numa sala fechada com um cara chamado Raul Otuzi, que direcionou minha criatividade e a conduziu para um amadurecimento sem o qual eu não sobreviveria como criativo.
Quem caga regras são professores de Legislação Publicitária ou Docentes extremamente acadêmicos, mas que são muito úteis mesmo, coisa que o nosso célebre entrevistado saberia se tivesse cursado Publicidade e Propaganda ao invés de apenas ler os bons livros.

Anônimo disse...

linda declaração. eu não aprendi nada em sala fechada com ninguém mas também acho fundamental a figura do professor e a instituição de ensino. e o botequinho em frente à facul para um truco que ninguém é de ferro, né? : )

Anônimo disse...

Desconstruindo o raciocínio de André Godói (II):

“Eu cursei economia e administração de empresas simplesmente por não fazer idéia do que eu realmente queria fazer da vida.”

Pena que nem todos os jovens possam viver descompromissados com a descoberta do que se quer ou não fazer da vida.
O que induz a pensar que cada vez mais a propaganda é uma profissão classista, assim como ser corredor de fórmula 1 ou tenista. Por isso vemos alguns “neo-Petit´s” que se posicionam dessa maneira, defendendo o lado dos que vivem como ele.

Anônimo disse...

“No final das contas, a minha escola de verdade aconteceu do lado de fora do campus. Dentro da República Aurora (meu lar na época da faculdade), no bar em que eu era DJ (e garçom às vezes), no grupo de teatro e nas tantas roubadas que a gente se mete na vida.”

No final das contas, a gente descobre que não tem uma só escola de verdade, e que tudo é escola. Como elucidou Carrascoza, estejamos nós matriculados em todas elas. Sejam aulas de Adm ou truco no boteco, são todas verdadeiras escolas.

Anônimo disse...

Desconstruindo o raciocínio de André Godói (ùltima parte):

" Não existe um método para criar. A palavra método não orna com criatividade. O que existe é uma postura criativa. Você só precisa de muita curiosidade, tesão e meia dúzia de neurônios."

E postura não é um conjunto de métodos?
Agora complicou hein!!
Acredito também numa posição de vida que nos deixa mais (ou menos) perto de nos tornarmos pessoas inspiradas a produzir coisas interessantes.
Curiosidade, tesão e meia dúzia de neurônios podem construir grandes obras de arte, mas ainda acredito que propaganda é negócio, se bem feito, vira arte.

Anônimo disse...

No mais a entrevista é excelente, e André Godói manda muito bem.

Anônimo disse...

Eduardo, Falou muito, mas falou bonito!

Anônimo disse...

Como elucidou Carrascoza seria a continuação de Assim falou Zaratrusta?

Anônimo disse...

Eduardo, vc disse isso:

" Eu aprendi a criar numa sala fechada com um cara chamado Raul Otuzi, que direcionou minha criatividade e a conduziu para um amadurecimento sem o qual eu não sobreviveria como criativo. "

E eu pergunto isso:

Onde está o seu amadurecimento?
Qto ao seus outros comentários...
acho q vc tem um forte potencial para entrar numa sala de cinema com uma metralhadora e acabar com a vida de pessoas inocentes.

Anônimo disse...

É isso ai!!!
Faculdade não serve pra nada msm!!!
Ninguém vira criativo num ambiente mediocre como esses q existem por ai travestidos de salas de aula!!!

Anônimo disse...

O André é bom, mas o Palermo é melhor!

Anônimo disse...

Já fechei 20 pontos na minha pele e consegui fazer minha circuncisão, estou um lendo um livro muito bom sobre Cirurgia Abdominal, aprendi pra caramba, agora prentendo fazer minha primeira extração de apendíce, se alguém se habilitar, garanto que aprendi muito mais que esses "carinhas de branco" que ficam socados nas salas da Universidade.

Legal né Pessoal?!?

Anônimo disse...

É verdade Lico, a grande maioria das faculdades é tudo isso que você disse e mais um pouco, ainda mais hoje em dia com essa onda de "ensino fast-food".

Mas também não dá pra generalizar né, temos algumas faculdades que oferecem a teoria de alicerce que é necessária ( Como o Raul mesmo já disse, Aristóteles já explicava o que é persuasão bem antes do Carrascoza), e oferecem a prática do mercado pra quem ainda não entrou nele, manja?

E ninguém vira criativo SÓ na faculdade, ela não constrói criativos, mas faz parte de um processo que torna os criativos mais profissionais, assim como os planejadores, mídias, produtores gráficos etc.

Anônimo disse...

Todo aspirante a estudante de propaganda acha que o negocio é a arte. E não é. A grande maioria q aparece nesse blog pelos comentarios devem ser de bixos e segundo ano. Tá certo q no segundo ano se aprende um pouco mais do q é propaganda realmente.
Então quando aparece alguém do mercado ficam todos maravilhados e idolatrando o cara pq ele fala como é o mercado.
E não se importam muito para o q esses caras falam sobre a faculdade. Mas tewnho certeza q um dia eles acordam.

Anônimo disse...

caramba. agora sério: tô no 3º semestre e tô muito na dúvida se continuo a faculdade de P. P ou vou fazer outro curso. algo que seja uma segunda profissão, um plano B já que o mercado está saturado e não exige diploma. o que vcs acham?

Anônimo disse...

aldo se é p.p q vc quer realmente, não dexiste e entra para o movimento para a regulamentação da profissão. Nós formados e vcs estudantes ´so tem a ganhar com isso.

Anônimo disse...

Faculdade de publicidade é importante. Mas não é só. Foi o que o André, entrevistado quis dizer. Que não é ela que faz o cara criativo. Aprendam a ler nas entrelinhas...

Anônimo disse...

Todo mundo é criativo a sua maneira. A questão aqui é sobre a regulamentação da profissão.
Você "Jornalista" se é jornalista de verdade deve se lembrar q há dois anos atrás uma juiza tinha entrado com uma liminar e q entrou em vigor durante algum tempo para q qualquer um poderia ser jornalista e a classe dos jornalistas fizeram de tudo para derrubar essa liminar. O nosso caso (publicitarios) é para regulamentar a profissão.

Anônimo disse...

Raul, da próxima vez, entreviste esses caras que comentam aqui. Acho que eles têm muito a dizer e a ensinar. Esses caras do mercado aí não estão com nada. Só falam bobagem. Só porque ganharam prêmios, escreveram livros, atenderam centenas de clientes gigantes, fizeram campanhas maravilhosas. Besteira. Não sabem nada.

Valeu.

Anônimo disse...

Na boa, gosto de polêmicas. Mas falta mais profundidade na discussão.

Anônimo disse...

o que é regulamentação? já não existe o Conar para essas coisas? desculpem a ignorância

Anônimo disse...

O Atila Francucci e o André Godói dizem que não é necessário se cursar P.P. para ser um bom publicitário. O Eduardo Cavalheiro e o Fabio Zanetti dizem que é necessário.
Meu Deus, em quem acreditar????

Anônimo disse...

Verdade.
Agora eu fiquei confuso.
Poxa, as coisas estavam tão claras para mim. Pensava que o mais importante era ter uma boa formação, não necessariamente superior, não necessariamente em P.P. Pensava que bagagem cultural seria mais importante que mochila. Pensava boas idéias e boa vontade fossem fundamentais. Mas os comentários dos experientes estudantes e geniais novos profissionais estão mudando meu ponto de vida. Não sabia que meu diploma de P.P valia tanto.

Obrigado pela ajuda, pessoal.

Anônimo disse...

Quero deixar claro aqui que não desmereço o valor desses profissionais (Aliás, como já dito, Quem sou eu?!?!), mas tirando o eixo das grandes agências, e algumas pouquissimas exceções de pequenas e médias, o que vejo são salários mediocres e empresas com péssima administração, isso acontece em empresas de grande representatividade em nossa região (Interior/SP). E parte desse problema é a falta de profissionalismo, a falta de uma devida regulamentação da profississão e nenhuma consciência dos próprios profissionais de que seu trabalho tem valor.
Prova dessa desvalorização é o desconhecimento sobre o que é a regulamentação de uma profisão, levantada acima pelo Aldo, e que não existe para o meio e exite um Lei que busca essa regulamentação (Procurem, o autor da Lei é o Senador Leonel Pavan), ou por submissões que acontecem, como os programas de estágios ou contratações que são verdadeiros crimes trabalhistas, porém, atuamos num mercado muito restrito onde qualquer coisa que um empregado fizer, pode puni-lo pelo resto de sua carreira, por isso todos acecitam.
Assim, Comentários desse tipo, vindo de profissionais de expressão no mercado, não contribuem para um resultado positivo.

Portanto, se os comentários já renderam mais de 40 Posts, quer dizer que o tema não é brincadeira. E todos devem estar interessados.

Anônimo disse...

Agora sim, Fábio, entendi o seu ponto de vista. Eu estava achando que ser defensor da classe publicitária estava muito chato, protecionismo medroso. (ora, talento na criação existe, sem facul ou com ela, é óbvio!). Mas qdo vc fala do mercado de pequenas agências, do interior e suas mazelas, entendo o que vc quer dizer. Bacana.
Abraços,

Anônimo disse...

Faço minhas as palavras do xará Zanetti. Aqui no interior e com certeza no resto do Brasil o descazo com a profissão é escancarada. Se alguém quer trabalhar em outra área em P.P q não seja na criação pode esquecer. A não ser q seja com atendimento pq a agencia tem q faturar.
Sua criatividade (criativos) é medida pela quantidade de software q vc sabe dominar.
É uma vergonha!

Anônimo disse...

Além da regulamentação, não seria bom também propor um exame de ordem? Assim, já dava uma levantada no nível da categoria. Uma provinha de português e já dava uma melhorada no "descazo" da classe, ou seria melhor dizer crasse.
Seu Creysoooonnnnnn! Agora com équio, équio, uio, io, oooo.

Anônimo disse...

Ao Aldo (e interessados):

O CONAR é um órgão que regulamenta e fiscaliza o conteúdo da propaganda que é veiculada nos meios de comunicação.
Ele é composto por membros da sociedade (representantes de ongs e outras entidades de classe), anunciantes, veículos e profissionais da propaganda.

Existe o CENP – Conselho Executivo de Normas-Padrão
que regulamente o mercado publicitário, ou seja: Valores, taxas, processos de expediente de uma Empresa de Propaganda são regulamentados pelo CENP.
O que isso significa: um instrumento que faz com que as agências, anunciantes, veículos e fornecedores em geral, tenham uma relação respeitosa, colaborando para o crescimento do mercado. No entanto, não é obrigatório estar filiado ao CENP e respeitar o seu estatuto - quase nenhuma agência do interior está filiada ao CENP. www.cenp.com.br

O que ainda não é regulamentado é a profissão de publicitário.
Quanto devemos cobrar por um serviço? O que deve ser exigido de um profissional de propaganda? Quais as conseqüências de não se cumprir tais determinações? Tudo isso não é regulamentado.

Um exemplo: um cliente não poderia lhe pedir para fazer um folder por 300 merréis, senão você perde o seu registro, podendo ser julgado e preso.
Com isso, diminuiríamos e muito os micreiros, eugências e agências sem ética que seriam pegas a rodo.

Nossa categoria possui um sindicato (só em São Paulo) que serve apenas para garantir benefícios, como todos os outros sindicatos.
Regulamentar a profissão é colaborar para que você não seja atravessado por um sobrinho do cliente que faz uma arte no Corel por 50 dinheiros, ou que não seja obrigado a estagiar (ou trabalhar) em uma agência que não paga nem a bóia.
Existe um projeto de lei do senador Leonel Pavan que tramita no congresso, e na primeira audiência de discussão sobre a matéria, Dinossauros do mercado se opuseram ao projeto e prometem dificultar a aprovação.

Anônimo disse...

Um adendo ao comentário acima:

Ex: Se tivessemos um Conselho Regulamentador, profissionais como Duda Mendonça e Marcos Valério estariam banidos do mercado, como acentece como qualquer profissão regulamentada.

- Para se ter uma idéia, nosso piso salarial (para profissional do interior) é de R$ 450,00 reais, sendo que na categoria "outros" do sindicato (isso inclui limpeza, office boy e etc) o piso é de R$ 400,00. Aí vemos a disparidade da situação, ralamos pra caramba pra a agência nos pagar 400 merrecas por mês e com garantia legal!

Anônimo disse...

Blablablás à parte, estão usando o termo "regulamentarização da profissão" como sinônimo de impedir que profissionais sem curso superior de propaganda trabalhem em agências. O que o André Godói, o Átila Francucci e muitos outros premiados publicitários já provaram ser bobagem. Pelo menos na área de criação.

Anônimo disse...

Antes que perguntem, sim, eu tenho curso superior em propaganda. Só não concordo com essa burocratização da criação que estão propondo.

Anônimo disse...

Obrigado, Eduardo.
Acho que você tem toda razão. Mas será que essa regulação do profissionalismo não vai criar uma casta de "segunda"? Pessoas excluídas do mercado, mas ainda assim dispostas a canibalizar a publicidade e tentar arrancar o seu quinhão? Porque, pelo que eu entendi, o CENP só pode fiscalizar agências do CENP, não? Mas se o cara fizer um folder no quintal de casa e emitir uma nota qualquer, de serviço de consultoria, como fiscalizar? Acho que a melhor coisa são essas tabelas de preços igual arquiteto e adovgado tem. Agora, o salário me assustou. Pensei que fosse mais. Mal paga a faculdade.

Anônimo disse...

Acredito que o problema é falta de estrutura mesmo, uma estrutura que virá com o amadurecimento da profissão, como os advogados, engenheiros e arquitetos que possuem seus Conselhos (OAB e CREA)que além de fiscalizar os preços cobrados, garantem a manutenção e desenvolvimento da profissão. Agora essa história de "Burocratizar a criação" é que parece coisa de quem caga de medo da responsabilidade, porque quem "cria cria e pronto", nunca tive problemas criativos devido à regras, o interessante é que foi o mesmo argumento utilizado pelos dinossauros que querem travar esse processo evolutivo que é a regulamentação da profissão.

Anônimo disse...

Pô, mas vocês não têm o que temer. Tão aí todo cheio de prêmios. Mas e nós que estamos só começando? Pra gente é que a coisa vai ficar feia.

Campanha para Prêmio Universitário de Criatividade promovido pela faculdade Barão de Mauá-Ribeirão Preto/SP.Colocação: Segundo Lugar
Equipe: Fábio Zanetti e Eduardo Cavalheiro

Anônimo disse...

Regulamentação é balela.
Papo furado.
Tá cheio de neguinho em agência q não cursou facul de propaganda.

Outra coisa:
zanetti e cavalheiro,
entrei num site e vi coisas de vcs.
acho q vcs deveriam falar menos e fazer mais e melhor.
É isso.

Anônimo disse...

Eduardo, seja cavalheiro e retire-se.

Anônimo disse...

I FÓRUM MANIFESTA - A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE PUBLICITÁRIO.

20 de maio de 2006
9H
Hotel Nacional INN
Rua Duque de Caxias, 1313 - Centro
Ribeirão Preto - SP

Confirmação de presença e informações:
projetomanifesta@yahoo.com.br

Anônimo disse...

Tá mais com cara de festa que de mani.

Anônimo disse...

www.projetomanifesta.blogspot.com

Anônimo disse...

Perca tempo tentando ter idéias melhores, rapaz.
Esse mani é uma piada.

Anônimo disse...

Aí Lico a humildade do Eduardo não deixa ele falar. Mas para um cara que trabalha em uma das melhores agencias do interior e lutar por uma causa a favor de todos os publicitarios e ainda ter o apoio do próprio patrão.
Lico você tem q suar muito a camisa pra chegar onde o Eduardo chegou com 4 meses de formado.
Se vc quizer uma ajuda sou foramdoem P.P tbm ma agora estou trabalhando de advogado O.K.

Anônimo disse...

esqueci de assinar o post acima.
Fajota

Anônimo disse...

Você agora é advogado? Então defenda-se: por que escrever quizer quando o certo e quiser ? Já sei, é mais um que mal sabe escrever e quer garantir o empreguinho no tapetão.

Anônimo disse...

Foi mal Seu Creyson! Obrigado pela observação.