terça-feira, janeiro 31, 2006

Deu no AdAge.











Tom Cruise em Minority Report


Você está pronto para o presente?

Por Henrique Tucci.

Washington, 2054. Uma divisão de “pré-crimes” da polícia consegue antecipar delitos que ainda não aconteceram. Carros estacionam na janela dos apartamentos de prédios gigantescos. Grandes painéis publicitários exibem filmes em alta resolução com mensagens personalizadas para as pessoas que passam.

De todas as tecnologias mirabolantes que o filme Minority Report apresenta, pelo menos uma já começa a se tornar realidade. São os sistemas automáticos da POP Broadcasting que estão sendo testados por grandes empresas como Coca-Cola, Colgate Palmolive e Kraft Food’s em redes de varejo norte-americanas. Com este sistema, quando o consumidor passa na frente dos produtos expostos, comerciais de 10 segundos são disparados em telas coloridas na própria gôndola. O equipamento é alimentado por baterias e sua operação é realizada por um servidor remoto do tamanho de um maço de cigarros. O sistema também poderá espalhar cheiros, como o aroma de pães que acabaram de ser assados ou café torrado e moído. E como o som dos equipamentos não fica o tempo todo ligado, apenas quando se passa na sua frente, as chances de se ter toda atenção do cliente para as mensagens é grande. Agora só falta a identificação do cliente, o que também já foi apresentado na feira da NRF (National Retail Federation), a maior do segmento de varejo mundial, no ano passado. Através da leitura prévia do cartão de crédito do cliente, ele pode ser identificado em todos os setores de uma loja.






Dispositivo para
publicidade em gôndolas

Este equipamento da POP pode vir a ser uma nova e importante forma de mídia. Talvez mais eficaz do que outras, já que atua exatamente no momento em que as decisões são realmente tomadas: nos últimos oito segundos em que o cliente está na frente das opções disponíveis no ponto de venda. E com um custo por mil bastante otimizado.

Um universo de novas mídias está surgindo. Campanhas em celulares, publicidade específica para sistemas de busca e mensagens para comunicadores pessoais, como MSN ou ICQ. O mercado vai precisar de profissionais capacitados para criar conteúdos com formatos específicos e novas formas de abordagem do público consumidor. Pense nisso. Não fique esperando o ano de 2054.

E agora, responda: será que não estamos vivendo o início do fim da propaganda convencional e da privacidade?

13 comentários:

Anônimo disse...

A propaganda convencional morreu.
Claro que ainda a TV vai ser importante. Mas cada vez mais as pessoas vão ser abordadas de outras formas. É inevitável.

Anônimo disse...

Disseram a mesma coisa quando do advento da Internet. Acho que os Nostradamus de plantão só estão à espera de, uma vez na vida, acertarem uma previsão. A propaganda convencional sempre vai existir. O que está mudando é apenas a mídia. Antes a TV ficava na sala de estar. Agora ela vai no celular. Ficar criando dispositivos que busquem o consumidor é um passo atrás. Esperar que ele passe em frente a determinado totem para receber propaganda é muito menos producente a enviá-la para o celular, ipod ou qualquer outro portable do público-alvo. Xi, acho que me enrolei no ponto de vista. Alguém entendeu?

Anônimo disse...

Pra mim o qque vale é o conceito por trás da marca. O resto é balela. Não importa onde ou como o consumidor é atingido.

Anônimo disse...

É ai que vc se engana Frank. O conteúdo publicitário depende (e muito) da forma e momento em que vc aborda seu cliente. Não adianta vir com conversa institucional, quando por exemplo, seu potencial cliente está a um passo de meter a mão na gôndola e levar o produto do concorrente. Não basta ter uma comunicação integrada. Ela tem que ser pensada para cada ponto, estratégicamente. Onde apelar menos ou mais. Quando dar o grito de "compre, é agora". Ser fiel a um posicionamento sim, mas sair reproduzindo o layout/título para todas mídias, sem levar em conta suas particularidades é um erro. Grave.

Ah, respondendo a pergunta, acredito que vamos passar por um momento em que a mídia massificada perderá campo pro mkt direto (msn, celular, palm-top, etc). Teremos que deixar de gritar alto pra todos nos ouvirem, e passaremos a falar baixinho, no pé do ouvido do nosso cliente. Aliás, vc tem certeza de quem é o cliente do seu cliente?

Acho que vou aproveitar as mudanças e montar um centro de pesquisa. Alguém topa ser sócio?

Anônimo disse...

Aê pessoal!!

Vamos ficar ligados...publicitário q se preze tem opinião própria, mas as fundamenta em fatos.
Q tal se informar antes de melhor opinar???

O local em que o consumidor é atingido influencia sim. E Como.
Segundo pesquisa da POPAI Brasil, 85% das decisões de compra são tomadas no ponto de venda.

Observem o poder dessa mídia idealizada para o filme Minority Report e concretizada na atualidade. Ela explora nossos principais sentidos, o visual, o auditivo, e o olfativo exatamente no ponto de venda. Onde, na esmagadora maioria das vezes, se compra por impulso.

Impulso – Instinto – Sentidos. Essa é a “lógica” do MK de varejo.

Abs.

Anônimo disse...

Que venha as novas midias.

Anônimo disse...

Concordo em partes.

a propaganada convencional está morrendo...parece q naum surte mais efeito no consumidor em geral (talvez, por isso, essa corrida para a criação de novas mídias)...

Naum concordo q esteja acabando com a privacidade...sem bem que essa questão é mais particular, pois depende do que cada pessoa considera "privacidade"...Só me encomodarei quando as propagandas entrarem em meu quarto sem o meu controle...aí eu ficarei assustado...mas, por enquanto, eu aindatenho o controle remoto...ainda bem...rss

Anônimo disse...

É isso aí, pessoal! Parabéns pelas participações. Eu acredito que a mídia de massa vai continuar existindo. Mas vai mudar. Os centros urbanos e as concentrações humanas estão mudando de forma radical, o que torna mais difícil a segmentação - quem já teve que comprar mídia na cidade de São Paulo para um cliente pequeno já sabe do que estou falando. Também temos que considerar que existe uma certa invasão de privacidade quando nossos dados são usados de forma mais específica, como algumas campanhas de marketing direto atuais que utilizam material personalizado a partir do seu histórico de compras. E também, talvez seja um pouco constrangedor se, pensando no que o filme apresentou, um painel me chamar pelo nome no meio de uma rua onde não quero ficar anônimo! Os neuróticos e famosos vão odiar. E só pra lembrar: uma das coisas que mais vai mudar é a forma de criar para mídias tão específicas. Vocês não acham? Por fim, acredito que os hábitos de consumo também estejam mudando bastante. O uso da internet para compras e até a recente tecnologia que permite utilizar aparelhos celulares para pagar compras, entre muitas outras, estão fazendo mudar o marketing de várias empresas. Mas isso já são outros posts! Mandem mais opiniões.

Anônimo disse...

Acredito que mídias tão específicas podem dar resultado no PDV. Na rua, fica mais difícil. Dispersa. Muito esforço para pouco resultado...

Anônimo disse...

O grande problema é tal da invasão de privacidade. Ser bombardeado todo o tempo por 'compre-me', 'sou legal, mereço ir pra sua casa' é um saco.

As marcas têm que saber dosar isso, ou o tiro vai sair pela culatra, em vez de serem queridas vão gerar antipatia.

Por isso, fora a dita 'propaganda tradicional', eventos que unam entretenimento com fixação de marca são o grande caminho para envolver os consumidores. Um maior número de consumidores. Porque gera mídia espôntanea.

Coca Vibezone, Nokia Trends e Skol Rock, por exemplo, que o digam.
Valeu!

Anônimo disse...

Bela, Raul!
Realmente ainda não tínhamos falado dessa modalidade tão usada nacionalmente. É uma forma de trabalho que o mercado já chama de Advertainment. Temos empresas que se lançaram exatamente com esta proposta, como é o caso da Synapsys. Essa comunicação que mistura divertimento e envolvimento com a marca é fantástica como eficiência e resultados. Mas também ajuda a legitimar o que a sociedade tenta evitar, como as campanhas de cigarro e bebidas chegando a adolescentes e até crianças que não têm suficiente discernimento para entender o que é personalidade e o que é imitação. Quanto mais a legislação consegue fechar o cerco, mais esse tipo de propaganda foge ao controle.
Marketing 1 x 0 Sociedade.
Um abraço a todos!
Tucci

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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